Wednesday, March 23, 2011

A minha amiga Sofia (nome fictício) e a demissão de José Sócrates

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Depois de uma longa e morosa trama (para quem não se recorda, abaixo reponho os vários episódios),

(Género: Drama / Tema: O quotidiano de uma cidadã com cartão de eleitor válido.)

Episódio I: Sofia e as Autárquicas
Episódio II: Sofia e as Europeias
Episódio III: Sofia e as Presidenciais

... a minha amiga Sofia (nome fictício), está ainda em estado de choque com as últimas notícias. O conformismo tomou conta desta cidadã exemplar e, como o hábito faz o monge, a sua única preocupação neste momento é saber quem vai, a partir de hoje, não responder às suas mensagens escritas. Cabisbaixa, conta-nos que não se sente ainda preparada para perdoar as sucessivas tentativas de comunicação ignoradas, e confessa-se desnorteada  pela indefinição de quem abalroar em público.

Tuesday, March 22, 2011

Keep it simple.

Senão enfada.

Sunday, March 20, 2011

Genialidades proferidas por condutores de Taxi #3

Sobre Foz Côa, depois de explicar o quão chateado estava, por não ter conseguido ir almoçar um peixinho grelhado a Sesimbra.

"Ó menina, não me diga que é história, eu não acredito nisso. O progresso não pode parar por causa de um um grupo de parasitas. Eu sou formado na universidade do mundo e dos pontapés da vida, por isso estes parasitas citadinos nao me enganam. 

Quais figuras do paleopítico? (Repito: Paleopítico). 
Olhe, ficámos sem barragem, sem electricidade e sem turismo. Quem é que quer ir ver uns rabiscos daqueles? E sim, foram desenhados aí por um pastor ou assim, pra se entreter. Esses parasitas não me enganam. Alguma vez aquilo ficava ali nas pedras, tanto tempo, desde o paleopítico? Eu uma vez passei por cima de uma pedra com uma Catapila (Repito: Catapila.). Sabe o que é uma Catapila? Quinze anos depois já lá não estava marca nenhuma. Por aí a menina vê a aldrabice que isto é.

Sabe como é que aquilo era uma obra bem feita?
Tinham feito a barragem à mesma. Punham uns vidros à prova de bala a tapar os bonecos (porquê à prova de bala? Não sei. Talvez quisesse dizer à prova de água). Debaixo dos vidros tinha de ter umas luzes boas. Depois, criavam-se uns submarinos especiais e os turistas iam lá ver aquela palhaçada debaixo da terra (talvez debaixo de água...). E isso é que era turismo rico. Só os ricos é que podiam ir lá ver aquilo nos submarinos. Fartavam-se de ganhar dinheirinho com os submarinos e aldrabávamos o estrangeirinho para vir cá gastar dinheiro".


É que há todo um plano estudado...

Friday, March 18, 2011

Alice, the first.



1903

Wednesday, March 16, 2011

Momento de Sapiência Popular #15

Do tempo da outra senhora


Patrícia Santana (nome fictício), adquiriu recentemente uma das pérolas mais inacreditáveis de que me lembro (apesar de a sua origem ser de cariz bastante misterioso): Um livro intitulado "Os Remédios da Avozinha", publicado algures na década de 70.  Basta percorrer algumas linhas da dita obra para percebermos que nos proporcionará momentos de lazer com distinta qualidade.

Ora entre as dicas da senhora (de referir que ele há remédio para as maleitas de amor (!), e esta são outros quinhentos...), deparámo-nos com as seguintes:

Dores de garganta: "O remédio mais simples é enrolar em volta do pescoço uma meia de lã que foi calçada durante todo o dia, com o pé da meia colocado sobre a garganta. À falta de meia suja, pode-se utilizar uma limpa, cujo pé se enche de batatas cozidas ou de cinzas quentes."
 
Bom. Ou ficamos com o bedum, com a intoxicação, ou vivemos uma experiência bem escaldante.  Logo, talvez fazer um puré de batata dentro de um soquete seja a melhor opção.



Entaladela: "Primeiramente é preciso acalmar a dor, que é forte, e os gritos do infeliz, que o não são menos. Para tal, aplique-se sobre a parte esmagada uma compressa de água fria, juntamente com palavras de encorajamento. Ao fim de duas horas, deve-se furar a entaladela, de um lado ao outro, num gesto decidido, com uma agulha passada nas chamas. Desinfecta-se depois com álcool e tapa-se com um penso".


Não há condições para legendar isto.


Espinha-de-peixe: "Para fazer sair uma espinha cravada na garganta, faça cócegas na úvula com uma pena embebida em azeite. Se for capaz faça pino. Se não pesar muito peça que o sacudam com força de cabeça para baixo. Para fazer passar uma espinha ou um ossinho, deve engolir bolas de pão,  uma batata cozida ou uma banana. Uma vez que o intruso foi para baixo coma alhos-porros cozidos até evacuação final, as fibras envolvem espinha e facilitam a saída".


Não percebo o porquê da obsessão com batatas cozidas. De resto parace-me tudo normal: ter uma pena à disposição, fazer o pino com uma espinha entalada na garganta ou pedir a alguém para nos sacudir, quando estamos com um valente engasgo. Tudo não passa de uma questão gravítica.

Thursday, March 10, 2011

Eu vou mas ele vem comigo.

Legenda: Rita fugitiva tenta levar souvenir.

Tuesday, March 8, 2011

Ainda-está-agarrada-ao-pescoço # 21

Como cozinhar pastéis de bacalhau em tempo record?

1. Colocar a frigideira com óleo ao lume
2. Arrumar a louça da máquina
3. Encher a máquina com louça suja
4. Limpar a bancada
5. Tirar a roupa do estendal
6. Quando já não houver mesmo mais nada para fazer, é sinal de que o óleo está muito quente.  Está na altura de colocar os ditos pastéis de bacalhau ainda congelados na frigideira e provocar uma pequena labareda. O suficiente para que tecto, exaustor e azulejos em volta do fogão adquiram a cor preta. Os pastéis estarão prontos passados 15 segundos.
7. Servir com uma porção de arroz.


(a parte do tecto foi só para tornar o episódio um pouco mais empolgante. Porém, dá-me ideia que queimei um pouco as pestanas).

Sunday, March 6, 2011

E traz o pão e traz o queijo e traz o vinho.

E depois de, na Green Room (ainda estou para perceber o porquê deste baptismo), Jel, de imperial na mão, dizer que não poderia vencer o Festival da Canção pois já tem a agenda cheia no mês de Maio com marcações em queimas das fitas várias, acaba mesmo por levar para casa a exclusiva peça de Vista Alegre (não sem antes pousar a sua mini, é claro). 

Não me parece feliz, embora irónico e com o seu (muito) quê de comédia.

Porém, entre Xenas princesas guerreiras, matrioskas com danças russas a representar Portugal ou a restante evidente pouca qualidade dos concorrentes... foi uma resposta do público entregue de bandeja, ao cardápio servido. 

Alegria, pronto. Ide lá a Dusseldorf afinar as mais recentes relações entre o nosso país e a Alemanha, porque a luta continua e o que faz falta é animar a malta. :)


http://www.youtube.com/watch?v=tWOkvq-zycg